Mais ou menos de dois em dois meses vem cá a casa o cobrador de uma associação de socorros mutuos.
Este homem, com cerca de 60 anos, tinha uma história de amor muito infeliz. Casou com a mulher que amava mas num certo dia esta enlouqueceu e acamou. Ele, com o estoicismo dos grandes homens, manteve-se ao lado dela até à hora da sua morte, que chegou há sensivelmente três anos.
O peso nos ombros manteve-se. Tal como a simpatia e simplicidade.
Ora, independentemente da trágica história pessoal do senhor, de quem desconheço o nome, nós aqui em casa temos o provinciano costume de lhe dar uma garrafa de espumante no Natal. E acreditem que o rosto dele muito se ilumina nessas ocasiões.
Por alguma razão que agora não recordo ele veio cá em Novembro e de novo HOJE. E eu já tinha sido avisado da garrafa que estava separada para lhe dar, aproveitando esta fase da Páscoa como pretexto para o "prémio" que damos pelos bons serviços prestados.
Quando vou para lha dar ele diz que não a pode aceitar. Para não levar a mal mas que hoje não podia ser.
Compreendi que não valia a pena insistir... Se não queria não queria.
Mas a história não está completa. Antes de pagar os dois meses que é costume ele disse-me o porquê de não levar a garrafa consigo hoje.
TEM UM ENCONTRO!
E as palavras foram, passando a citar: "Vou-me encontrar com a minha namorada, depois de três anos viuvo já tenho direito!"
Não imagino a cara que fiz. Só consegui dizer que realmente não ficava nada bem levar a garrafa para um encontro... Desejei-lhe boa sorte e felicidades.
Ele partiu com a promessa de vir buscar a garrafa que de novo repousa no minibar aqui de casa.
Cá o esperamos...
Este homem, com cerca de 60 anos, tinha uma história de amor muito infeliz. Casou com a mulher que amava mas num certo dia esta enlouqueceu e acamou. Ele, com o estoicismo dos grandes homens, manteve-se ao lado dela até à hora da sua morte, que chegou há sensivelmente três anos.
O peso nos ombros manteve-se. Tal como a simpatia e simplicidade.
Ora, independentemente da trágica história pessoal do senhor, de quem desconheço o nome, nós aqui em casa temos o provinciano costume de lhe dar uma garrafa de espumante no Natal. E acreditem que o rosto dele muito se ilumina nessas ocasiões.
Por alguma razão que agora não recordo ele veio cá em Novembro e de novo HOJE. E eu já tinha sido avisado da garrafa que estava separada para lhe dar, aproveitando esta fase da Páscoa como pretexto para o "prémio" que damos pelos bons serviços prestados.
Quando vou para lha dar ele diz que não a pode aceitar. Para não levar a mal mas que hoje não podia ser.
Compreendi que não valia a pena insistir... Se não queria não queria.
Mas a história não está completa. Antes de pagar os dois meses que é costume ele disse-me o porquê de não levar a garrafa consigo hoje.
TEM UM ENCONTRO!
E as palavras foram, passando a citar: "Vou-me encontrar com a minha namorada, depois de três anos viuvo já tenho direito!"
Não imagino a cara que fiz. Só consegui dizer que realmente não ficava nada bem levar a garrafa para um encontro... Desejei-lhe boa sorte e felicidades.
Ele partiu com a promessa de vir buscar a garrafa que de novo repousa no minibar aqui de casa.
Cá o esperamos...
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