quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Enke

Há notícias para as quais não nos preparamos.

Robert Enke morreu.
Enke era, para azar das hostes portistas, uma continuação da qualidade, integridade e simpatia de Preud'homme. (Preud'homme retira-se em 99 e ainda nesse ano chega Enke. Os vermelhos têm um olho invejável para os guarde-redes...) Era um daqueles miúdos dos quais era impossível não gostar, mesmo sendo de outro clube, e as qualidades como profissional das redes faziam antever um futuro como um dos grandes do futebol.
Era ele jogador nos anos em que eu jogava com os meus amigos durante manhãs inteiras, naquela altura em que as consolas eram para o intervalo da diversão outdoor e não o contrário como agora sucede. Como sempre gostei de estar na baliza admirava aquelas figuras solitárias a quem não é permitido errar e em Enke havia uma figura prática e serena a seguir como exemplo.
Passam os anos e passa a atenção, ele saiu do Benfica, a aventura Catalã correu mal e nunca mais segui os jogos do rapaz com a excepção da ocasional notícia da selecção alemã.

Que encontre agora a paz que faltou.

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