Dizem que as cartas perderam a alma... agora que são digitais e normalizadas são todas iguais.
Pode mudar o tipo de letra, o tamanho, a qualidade da escrita... Mas jamais poderemos dizer a alguém que tem uma letra bonita ou que carrega demasiado nas letras maiúsculas. Nunca mais conseguiremos perceber quando alguém nos enviou uma carta que escreveu a chorar ou que em raiva amarrotou a folha.
Mas, na verdade, o caminho que as palavras tomam é o mesmo... Nascem da inteligência ou da emoção e saem pela ponta dos dedos. É costume se falar da beleza e significado das mãos mas, quer usando as tintas feitas a partir de rochas calcárias dos homens neolíticos ou o código binário de que cada email é feito... sem os dedos nada seria comunicado.
Pode mudar o tipo de letra, o tamanho, a qualidade da escrita... Mas jamais poderemos dizer a alguém que tem uma letra bonita ou que carrega demasiado nas letras maiúsculas. Nunca mais conseguiremos perceber quando alguém nos enviou uma carta que escreveu a chorar ou que em raiva amarrotou a folha.
Mas, na verdade, o caminho que as palavras tomam é o mesmo... Nascem da inteligência ou da emoção e saem pela ponta dos dedos. É costume se falar da beleza e significado das mãos mas, quer usando as tintas feitas a partir de rochas calcárias dos homens neolíticos ou o código binário de que cada email é feito... sem os dedos nada seria comunicado.
Foi também com eles que palmilhei o teu corpo... de alto a baixo. De Este a Oeste. Circumnaveguei-te pisando todos aqueles pontos que fui marcando... São esses mesmos dedos que melhor conhecem a profusão sinestecta da tua temperatura, do teu aroma e do teu sabor. Foram eles os meus utensílios de leitura quando a mim te revelaste como se um livro em Braille fosses.
Plana e inerte nos espaços do entretanto.
Deliciosamente voluptuosa nos locais de leitura obrigatória.
E eu li alguns capítulos e gostei. Voltei a lê-los com mais calma. Em repetições esquizofrénicas citei as tuas melhores frases na minha cabeça. Sublinhei a tinta da china as expressões que me inspiraram. Marquei-te com uma fita de veludo azul na minha página preferida.
Assim, quando retornar a ti, já sei onde te recomeçar. Vou saber onde te deixei. Contigo na mão, levo-te para um jardim e consumo o resto de ti. E ao chegar à tua última página saberei se a nossa história encontra um fim ou se estas personagens ainda têm inspiração para mais volumes.
Até lá vou-te escrevendo cartas. À mão.
E, embora a minha letra seja medonha, tu pareces gostar.
Plana e inerte nos espaços do entretanto.
Deliciosamente voluptuosa nos locais de leitura obrigatória.
E eu li alguns capítulos e gostei. Voltei a lê-los com mais calma. Em repetições esquizofrénicas citei as tuas melhores frases na minha cabeça. Sublinhei a tinta da china as expressões que me inspiraram. Marquei-te com uma fita de veludo azul na minha página preferida.
Assim, quando retornar a ti, já sei onde te recomeçar. Vou saber onde te deixei. Contigo na mão, levo-te para um jardim e consumo o resto de ti. E ao chegar à tua última página saberei se a nossa história encontra um fim ou se estas personagens ainda têm inspiração para mais volumes.
Até lá vou-te escrevendo cartas. À mão.
E, embora a minha letra seja medonha, tu pareces gostar.
3 comentários:
posso fazer COPY-PAST para o meu blog, posso??? eu prometo que cito a fonte :D é que eu só sei escrever disparates!
copy-pastE, queria eu dizer...duhhh
LOL
Podes à vontade!
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