Não façamos comparações. Há por aí poucos filmes como este. Tão bem representado, filmado e musicado.
Vamos por partes... Todo o filme orbita à volta da personagem de Daniel Day-Lewis, Daniel Plainview, um prospector de petróleo que sobe a pulso cada degrau da longa escada que o levará à obtenção do seu objectivo final, viver, como o próprio diz, longe de todas as outras pessoas. Day-Lewis está irrepreensível, toda a atenção é para ele, tanto que nem me lembro de alguma cena onde ele não intervenha. A voz é arrastada, falsa, oleosa... A personagem é má, odiosa até... Ele é o filme. E o óscar já deve ter o seu nome gravado na base...
Paul Dano, é o improvável nemésis. No papel de Eli Sunday, um evangelista fanático e ambicioso que quase nunca deixa cair o seu sorriso angelical. Porque ele não está nomeado para o óscar de melhor actor secundário escapa a minha compreensão... o miudo brilha mesmo.
Departamento técnico
Paul Thomas Anderson, que eu só conhecia de Magnólia, faz um belo trabalho e reuniu à sua volta alguns dos melhores da indústria. (E é capaz de ganhar o óscar de melhor realizador...)
Fotografia fantástica, tanto os planos como o movimento são perfeitos. A forma como a aridez do local é representada e como as expressões de Day-Lewis são absovidas é incrivel... Pudessemos todos não precisar de olhar para as legendas e aí sim a experiencia ia ser completamente imersiva.
Fotografia fantástica, tanto os planos como o movimento são perfeitos. A forma como a aridez do local é representada e como as expressões de Day-Lewis são absovidas é incrivel... Pudessemos todos não precisar de olhar para as legendas e aí sim a experiencia ia ser completamente imersiva.
Noutro departamento. O equipamento usado na prospecção do petróleo é em si só uma autêntica aula de história. A evolução que se nota em tão poucos anos é fantastica de perceber.
MAS, na área técnica, a minha parte preferida é a música... A banda sonora cativa e envolve... Não avisa quando acontece algo de importante mas enegrece eficazmente a amarelada planicie texana... E só quando cheguei a casa soube quem a fez... Jonny Greenwood, guitarrista dos Radiohead. E ficou tudo explicado.
Se puderem vão ver... Não me arrebatou, não saí da sala deslumbrado... Mas gostei bastante.
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