Tudo parece estar bem com o aparelho mas por pouco não houve ali uma tragédia.
Vários factores contribuíram para que esta aterragem aterrorizadora (bela escolha de palavras) tivesse acontecido.
Há muito vento cruzado, daí a direcção para a qual o avião desliza fugindo de traseira. (Esta técnica chamada de "Crosswind Landing" faz com que o avião seja direccionado de forma a que o vento atravesse toda a fuselagem sem alterar a rota do avião.)
Este aeroporto - London City - tem uma taxa de descida de 5.5 graus enquanto que a maioria dos aeroportos está entre os 2 ou 3 graus.
A pressão das linhas aereas é cada vez maior para que se poupe combustivel... Se essa pressão não existisse talvez o piloto tivesse declarado um go around (aterragem abortada nos último momento) e tentasse uma nova abordagem à pista. Atenção que o piloto fez um belo trabalho mas mesmo assim tem algumas culpas no cartório... A forma como o avião "saltitou" na pista mostra bem a violência da aterragem no momento do toque no solo. Por pouco as asas não partiram... Ali é evidente a falta de "deslize", faltou velocidade. Daí a falta de suavidade no toque no solo.
O que interessa é que tudo acabou bem... Mas esta aterragem vai para os manuais como um exemplo do que NÃO deve acontecer.
Mesmo assim, parabéns à tripulação! Vocês é que sabem o que fazem... Eu apenas tenho demasiadas horas de simuladores de voo na cabeça!
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