Quando tenho de lidar com gente pequena, não de estatura física mas mental. Daquelas pessoas de uma pequenez liliputiana que são o equivalente a pisar um rebuçado de mentol: incomodam durante 5 passos mas lá acabam por descolar sem dificuldade não justificando sequer uma paragem. (De notar que até por um poio de cão eu paro, isso diz bastante sobre as tais pessoas insignificantes e o valor dos seus obstáculos.)
Desviei-me um pouco na descrição mas, quando me cruzo com uma pessoa dessa estirpe, de insignificância mais estrutural que conjectural, lembro sempre a personagem da foto.
O Russel Corwin, magnificamente dramatizado pelo actor Ben Foster, era um estudante de artes ligeiramente perturbado que namorava com a bela e viciante Claire Fisher. Após o abandono desta e múltiplas peripécias que não tenho o direito de revelar chega o momento dela atingir o reconhecimento dos pares com uma valente exposição de sua autoria.
Já lá, Russel confronta-a com o facto de algumas das ideias em exposição terem nascido em conjunto... Quando o actual namorado dela se aproxima e pergunta se está tudo bem o nosso caro Russel vira-se para ele e diz uma das frases mais dolorosas mas discretas de toda a série Sete Palmos de Terra:
É isto que me dá vontade de dizer quando tenho de lidar com essas pessoas minúsculas que são sempre as que mais teimam em levantar os braços, esticar o pescoço e empinar o desmesurado nariz.
Desviei-me um pouco na descrição mas, quando me cruzo com uma pessoa dessa estirpe, de insignificância mais estrutural que conjectural, lembro sempre a personagem da foto.
O Russel Corwin, magnificamente dramatizado pelo actor Ben Foster, era um estudante de artes ligeiramente perturbado que namorava com a bela e viciante Claire Fisher. Após o abandono desta e múltiplas peripécias que não tenho o direito de revelar chega o momento dela atingir o reconhecimento dos pares com uma valente exposição de sua autoria.
Já lá, Russel confronta-a com o facto de algumas das ideias em exposição terem nascido em conjunto... Quando o actual namorado dela se aproxima e pergunta se está tudo bem o nosso caro Russel vira-se para ele e diz uma das frases mais dolorosas mas discretas de toda a série Sete Palmos de Terra:
"You're so fucking irrelevant."
É isto que me dá vontade de dizer quando tenho de lidar com essas pessoas minúsculas que são sempre as que mais teimam em levantar os braços, esticar o pescoço e empinar o desmesurado nariz.
2 comentários:
Um dia falas da grandeza no outro da pequenez...
Não há cá meios termos?
Bem visto cara colega!
Que queres que te diga? A diversidade humana dá para os dois extremos... Tanto os há de um lado como do outro!
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