quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Carlos Drummond de Andrade
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Ausência
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Ausência
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Herberto Hélder
Por isso é que estamos morrendo na boca
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho, no mosto aberto
- no amor mais terrível do que a vida.
Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.
O amor em visita
um do outro. Por isso é que
nos desfazemos no arco do verão, no pensamento
da brisa, no sorriso, no peixe,
no cubo, no linho, no mosto aberto
- no amor mais terrível do que a vida.
Beijo o degrau e o espaço. O meu desejo traz
o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre, ó mais nua
e branca das mulheres. Correm em mim o lacre
e a cânfora, descubro tuas mãos, ergue-se tua boca
ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbedas e puras que voam
sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo eu morrerei contigo.
O amor em visita
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
O nosso Cofre
Para 2010 levemos um cofre das nossas coisas melhores, sei lá amor, o mundo pode até finar e quero estar preparado. Quando chegarmos a um sitio seguro, quiçá os únicos portugueses, mostramos o que é nosso e seremos os reis de lá...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Teerão 24
Para seguir a mudança de um país as imagens do Tehran 24 e os relatos no Daily Dish.
Porque quando lá se vê uma mulher de face destapada a manifestar junto a homens é sinal de mudança para melhor...
(Jugular)
Porque quando lá se vê uma mulher de face destapada a manifestar junto a homens é sinal de mudança para melhor...
(Jugular)
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É por isto que não podemos ter coisas bonitas...
O princípio de não poder ter coisas bonitas já o expliquei, há umas semanas, no excelso Alugo-me para rir:
"Imaginem que têm 4 anos e a vossa mãe tem na mesa da sala uma jarra de cristal que está na família há 50 anos. Vocês, porque são uns pirralhos infernais, encontram maneira de espetar com a jarra no chão.
A vossa mãe, mal conseguindo segurar a vontade que tem de vos esfrangalhar tipo interrogadora inquisitorial, diz uma frase que vos marcará para toda a vida:
"É por isto que não podemos ter coisas bonitas..."
Ou seja. Por vossa causa ela não pode colocar na decoração os elementos que lhe são mais valiosos. Por vossa causa ela não pode ter coisas bonitas que mostrar às amigas."
Este termo, muito útil para mães e pais de todo o mundo levava-nos à vergonha total. Levava à desilusão de sermos uns trapalhões que obrigam à quarentena dos pechisbeques valiosos.
Assim é agora com a aviação...
Quando eu ainda só sonhava com viagens de avião fantasiava com levar um portátil comigo durante a viagem toda a jogar o Flight Simulator enquanto pelo LiveATC.net ia ouvindo as verdadeiras comunicações com a torre do aeroporto onde aterraria. Era um daqueles sonhos cromos a concretizar numa altura em que as viagens de avião fossem uma coisa usual para mim.
Depois vêem os terroristas e f**** tudo.
Agora nada de portáteis, telemóveis, malas ou seja o que for no colo. Só um livrinho e já é bom. No controlo de segurança já não vai faltar muito para sermos vistos em pêlo ou então a ter exames à próstata mesmo ali. Viajar de avião está-se a tornar demasiado stressante principalmente porque somos todos suspeitos, um pouco como nas primeiras lojas chinesas quando eramos literalmente perseguidos pelos donos da loja, quer tivessemos bom ou mau aspecto.
Longe vão os tempos de bocas foleiras às hospedeiras, conversas de pé na coxia e visitas prolongadas à casa-de-banho para um pouco de mile-high sex.
Pilotar um avião continua a ser excitante mas viajar nele, de forma passiva e vulgar, está a acabar com a magia da coisa.
Tirar sapatos, cinto, ser radiografado de forma invasiva e apalpado em sítios dolorosos não vai ajudar em nada.
"Imaginem que têm 4 anos e a vossa mãe tem na mesa da sala uma jarra de cristal que está na família há 50 anos. Vocês, porque são uns pirralhos infernais, encontram maneira de espetar com a jarra no chão.
A vossa mãe, mal conseguindo segurar a vontade que tem de vos esfrangalhar tipo interrogadora inquisitorial, diz uma frase que vos marcará para toda a vida:
"É por isto que não podemos ter coisas bonitas..."
Ou seja. Por vossa causa ela não pode colocar na decoração os elementos que lhe são mais valiosos. Por vossa causa ela não pode ter coisas bonitas que mostrar às amigas."
Este termo, muito útil para mães e pais de todo o mundo levava-nos à vergonha total. Levava à desilusão de sermos uns trapalhões que obrigam à quarentena dos pechisbeques valiosos.
Assim é agora com a aviação...
Quando eu ainda só sonhava com viagens de avião fantasiava com levar um portátil comigo durante a viagem toda a jogar o Flight Simulator enquanto pelo LiveATC.net ia ouvindo as verdadeiras comunicações com a torre do aeroporto onde aterraria. Era um daqueles sonhos cromos a concretizar numa altura em que as viagens de avião fossem uma coisa usual para mim.
Depois vêem os terroristas e f**** tudo.
Agora nada de portáteis, telemóveis, malas ou seja o que for no colo. Só um livrinho e já é bom. No controlo de segurança já não vai faltar muito para sermos vistos em pêlo ou então a ter exames à próstata mesmo ali. Viajar de avião está-se a tornar demasiado stressante principalmente porque somos todos suspeitos, um pouco como nas primeiras lojas chinesas quando eramos literalmente perseguidos pelos donos da loja, quer tivessemos bom ou mau aspecto.
Longe vão os tempos de bocas foleiras às hospedeiras, conversas de pé na coxia e visitas prolongadas à casa-de-banho para um pouco de mile-high sex.
Pilotar um avião continua a ser excitante mas viajar nele, de forma passiva e vulgar, está a acabar com a magia da coisa.
Tirar sapatos, cinto, ser radiografado de forma invasiva e apalpado em sítios dolorosos não vai ajudar em nada.
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domingo, 27 de dezembro de 2009
Pessoa do Ano 2009
Hoje, num canal que não tenho 100% certeza mas julgo ter sido a RTP1, anunciavam naquela tirinha informativa no fundo do ecrã, que a pessoa do ano para a revista Time era Neda Soltan.
Achei estranho fazerem pessoa do ano uma senhora que, ok, morreu por causa de uma luta legítima mas que não tomou qualquer posição sobre o assunto. Apenas saiu do carro na altura errada e foi alvejada. Foram as pessoas envolvidas na luta que a elevaram a mártir da causa. Se a Time escolhesse tomar esta posição de apoio à mudança de regime no Irão provavelmente escolheria os líderes da oposição ou a própria população anónima que luta por melhores condições.
Poderia também ter eleito o papel que o twitter teve na denúncia do que se passava nas ruas de Teerão. Isso se em 2006 eu, tu, eles e todos nós não tivéssemos sido a pessoa do ano.
Afinal, depois de consultar o site da Time descubro que a pessoa do ano é Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal Americana.
Vou ler mais sobre o senhor mas parece-me que fazer de qualquer um dos responsáveis económicos americanos a pessoa do ano, mesmo no final da década, é, no mínimo, arriscado.
Achei estranho fazerem pessoa do ano uma senhora que, ok, morreu por causa de uma luta legítima mas que não tomou qualquer posição sobre o assunto. Apenas saiu do carro na altura errada e foi alvejada. Foram as pessoas envolvidas na luta que a elevaram a mártir da causa. Se a Time escolhesse tomar esta posição de apoio à mudança de regime no Irão provavelmente escolheria os líderes da oposição ou a própria população anónima que luta por melhores condições.
Poderia também ter eleito o papel que o twitter teve na denúncia do que se passava nas ruas de Teerão. Isso se em 2006 eu, tu, eles e todos nós não tivéssemos sido a pessoa do ano.
Afinal, depois de consultar o site da Time descubro que a pessoa do ano é Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal Americana.
Vou ler mais sobre o senhor mas parece-me que fazer de qualquer um dos responsáveis económicos americanos a pessoa do ano, mesmo no final da década, é, no mínimo, arriscado.
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Tenham um Bom Natal
Espírito natalício é um sem abrigo mal cheiroso a beber uma cerveja e a fumar um cigarro sorrir em gargalhada a apontar para um dálmata que muito ocupado na sua vidinha de cão olha para o tal senhor e ignora. Vi hoje de manhã esta prova de que tanta alegria, natalícia ou não, anda por aí à espera que vocês a vejam.
Da parte que me toca desejo um Feliz Natal a todos os leitores, leitoras e anões que mal conseguem chegar ao teclado. Felicidades a todos e aproveitem o dia de hoje, principalmente se forem uns valentes sacanas durante todo o ano, para curtirem imenso as vossas velhinhas e velhinhos.
Da parte que me toca desejo um Feliz Natal a todos os leitores, leitoras e anões que mal conseguem chegar ao teclado. Felicidades a todos e aproveitem o dia de hoje, principalmente se forem uns valentes sacanas durante todo o ano, para curtirem imenso as vossas velhinhas e velhinhos.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Tomar o pulso aos relógios
Graças a este post no Art of Manliness relembrei o momento no qual um amigo me pôs nas mãos um Omega para eu dar o meu veredicto de veracidade. Olhei para o bichinho, comprado de forma er... criativa... por um elemento da familia dele, e disse de imediato que era verdadeiro.
Porquê?
As grandes marcas de relógios, Rolex, Chopard, Jaeger Lecoultre, Omega e outras têm uma distinção que os separam dos Swatch, Tissot, Breil, Lorus, tudo marcas de bons relógios low cost. Essa distinção reside no ponteiro dos segundos. Em vez de marcar segundo a segundo de forma vincada este ponteiro desliza sobre o mostrador de forma elegante.
Podem ver isso neste vídeo:
A explicação está dentro do coração da preciosa peça de relojoaria.
Enquanto que um relógio normal conta cada segundo como uma unidade um relógio de luxo conta cada segundo como partes de 9 ou 10. O som, que no caso do Omega do meu amigo era bastante audível, pode até ter a tal periodicidade tradicional do tic tac mas é na face do relógio, e na sua exactidão a longo prazo, que se sente a diferença da compartimentação de cada segundo.
É que é fácil a um serralheiro chinês copiar a caixa do relógio colocando cada pormenor no metal mas não é nada fácil copiar o magnífico motor por detrás da perfeição de cada segundo.
Neste Natal tenham cuidado...
Porquê?
As grandes marcas de relógios, Rolex, Chopard, Jaeger Lecoultre, Omega e outras têm uma distinção que os separam dos Swatch, Tissot, Breil, Lorus, tudo marcas de bons relógios low cost. Essa distinção reside no ponteiro dos segundos. Em vez de marcar segundo a segundo de forma vincada este ponteiro desliza sobre o mostrador de forma elegante.
Podem ver isso neste vídeo:
A explicação está dentro do coração da preciosa peça de relojoaria.
Enquanto que um relógio normal conta cada segundo como uma unidade um relógio de luxo conta cada segundo como partes de 9 ou 10. O som, que no caso do Omega do meu amigo era bastante audível, pode até ter a tal periodicidade tradicional do tic tac mas é na face do relógio, e na sua exactidão a longo prazo, que se sente a diferença da compartimentação de cada segundo.
É que é fácil a um serralheiro chinês copiar a caixa do relógio colocando cada pormenor no metal mas não é nada fácil copiar o magnífico motor por detrás da perfeição de cada segundo.
Neste Natal tenham cuidado...
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O terceiro melhor emprego do mundo
Logo atrás de apresentador do Top Gear e Mythbuster está esta divertida tarefa de demolir rochas com uma bola de aço presa a um helicoptero.
Passa-se na Noruega.
(Gizmodo)
Passa-se na Noruega.
(Gizmodo)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
2009 fotogénico
O site The Big Picture faz, como no ano passado, uma selecção em 3 partes das melhores fotos que este ano colocou nas suas atentas galerias.
Na foto aqui em cima uma criança com deficiência visual a reagir à luz quando são abertos os estores da janela da escola onde estuda.
Aqui em baixo um pouco do drama e da felicidade, do choro e da gargalhada, do desespero e da esperança de que é feito o nosso planeta e que podem encontrar nessas 120 fotos com história explicativa em 3 galerias (1,2,3) disponibilizadas no site.
As galerias podem ser visitadas aqui: 1,2,3
Na foto aqui em cima uma criança com deficiência visual a reagir à luz quando são abertos os estores da janela da escola onde estuda.
Aqui em baixo um pouco do drama e da felicidade, do choro e da gargalhada, do desespero e da esperança de que é feito o nosso planeta e que podem encontrar nessas 120 fotos com história explicativa em 3 galerias (1,2,3) disponibilizadas no site.
As galerias podem ser visitadas aqui: 1,2,3
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Brittany Murphy 1977-2009
Porque gostava da miúda e porque se fizesse um filme havia de vestir todas as minhas actrizes de camisas esvoaçantes com decotes "acidentais" enquanto lhes pedia mais um grama de doçura no olhar.
Panelas de Pressão
Ontem à noite o meu vizinho, benfiquista em pressão pelas tristezas contemporâneas do seu clube, teve a amabilidade de dar quatro tiros de caçadeira para o ar mesmo ao lado da minha janela. De notar que a tal caçadeira só leva dois cartuchos portanto ainda teve de parar para a recarregar e mandar mais dois balázios para a atmosfera.
Não, não vivo em Cabul.
De resto, para referência futura, o Benfica ganhou bem porque jogou melhor. Vamos lá agora esquecer o árbitro, a relva, a chuva, o vento... o Porto jogou mal e perdeu. As explicações técnicas deixaria para o Jesualdo ler se ele me pedisse opinião.
Agora meus amigos ponham-se a pau porque os benfiquistas estão todos em pressão. Um bocadito como um homem que está sem sexo há vários anos e quando pega numa mulher até a morde de tanta excitação também os benfiquistas já sentem o sabor das medalhas ao peito. Estão-se todos a esquecer que uma coisa que acontece depois de uma travessia do deserto sexual é ejaculação precoce, variadissimas vezes somente perante a nudez do corpo feminino. Talvez aí resida a explicação para a celebração matarruana do meu vizinho. Uma ejaculação precoce de quem não sabe o que é a textura de um arrepio feminino há já alguns anos.
O que aprendemos com isto é que há que ter cuidado em noites de vitória do Benfica, nunca se sabe o que vos entra por um olho adentro...
Não, não vivo em Cabul.
De resto, para referência futura, o Benfica ganhou bem porque jogou melhor. Vamos lá agora esquecer o árbitro, a relva, a chuva, o vento... o Porto jogou mal e perdeu. As explicações técnicas deixaria para o Jesualdo ler se ele me pedisse opinião.
Agora meus amigos ponham-se a pau porque os benfiquistas estão todos em pressão. Um bocadito como um homem que está sem sexo há vários anos e quando pega numa mulher até a morde de tanta excitação também os benfiquistas já sentem o sabor das medalhas ao peito. Estão-se todos a esquecer que uma coisa que acontece depois de uma travessia do deserto sexual é ejaculação precoce, variadissimas vezes somente perante a nudez do corpo feminino. Talvez aí resida a explicação para a celebração matarruana do meu vizinho. Uma ejaculação precoce de quem não sabe o que é a textura de um arrepio feminino há já alguns anos.
O que aprendemos com isto é que há que ter cuidado em noites de vitória do Benfica, nunca se sabe o que vos entra por um olho adentro...
sábado, 19 de dezembro de 2009
A questão avião
Não se faz.
Tirar um evento a uma cidade do mesmo país não. se. faz.
Esta é a minha opinião e não a mudo. Mas permitam-me que justifique.
Os eventos de fama internacional são como as mulheres bonitas. Todos as cobiçam e invejam os porta-chaves (Eu, tu, nós, vós, eles) com quem ela anda. Nós, a querer segurar o investimento, tomamos certas precauções com os colegas de trabalho dela, com o prof. de cardio-fitness e com a generalidade de homens com quem ela se vai cruzando e que são bem mais giros do que nós, os glorificados porta-chaves.
O que nós descuramos, porque achamos que é coisa que só acontece em filme ou livro foleiro, é os cuidados a ter entre amigos. Temos olho de falcão para o brasileiro da churrascaria mas o nosso amigo ricaço/giraço/espertalhaço pode dançar com ela sem que pensemos que estão a trocar números de telemóvel ao ouvido.
Ora, Lisboa é um, permitam-me, cabrão de um amigo. É mais cosmopolita que nós, recebe mais visitas de turistas estrangeiros e tem um nível de vida que nós nem sonhamos. Tem as "gajas" (leia-se eventos) todas, nacionais e internacionais, a serem lá realizadas. E agora, que podia pensar que nós somos bons tipos e já merecemos passearmo-nos com um valente avião (pun intended), dá uma de, permitam-me, filho da puta, e arrasta para si mais a nossa gaja, da qual nem sequer precisa e que só vai comer pela fama e proveito.
Nós, o eterno enfezadito recalcitrante do fundo da sala, ficamos de novo à procura de uma miúda mais do nosso campeonato ou até, num movimento sábio, daquela ex-namorada que deixamos iludidos pela boazona internacional. (Esta última é para si Sr. Rio)
São 920 mil pessoas e 20 milhões de euros a menos a serem movimentados no Porto. São menos 300 milhões de telespectadores a verem o Porto na sua televisão.
Porto... Zona mais pobre, com mais desemprego e com menos turismo que Lisboa.
Com amigos destes não precisamos de inimigos.
A Red Bull é, em pleno direito e sem ressabiamento da minha parte, uma gaja promíscua que se deixa levar pelo tal amigo mais rico. Foi assim que foi educada e vai ser assim, como condessa decrépita cheia de gatos de estimação a mijar nas joias oferecidas pelos principes consortes de sangue azulado, que irá morrer. É uma gaja do mundo que não tem tacões compatíveis com o empedrado do sal da terra.
Quanto ao amigo cabrão, gosto demasiado dele para me chatear de vez mas reservo-me o direito de ser infantil e não o visitar no fim-de-semana em que a Sra Red Bull se vai encontrar com ele. Sou ciumento, que posso eu fazer?
Tirar um evento a uma cidade do mesmo país não. se. faz.
Esta é a minha opinião e não a mudo. Mas permitam-me que justifique.
Os eventos de fama internacional são como as mulheres bonitas. Todos as cobiçam e invejam os porta-chaves (Eu, tu, nós, vós, eles) com quem ela anda. Nós, a querer segurar o investimento, tomamos certas precauções com os colegas de trabalho dela, com o prof. de cardio-fitness e com a generalidade de homens com quem ela se vai cruzando e que são bem mais giros do que nós, os glorificados porta-chaves.
O que nós descuramos, porque achamos que é coisa que só acontece em filme ou livro foleiro, é os cuidados a ter entre amigos. Temos olho de falcão para o brasileiro da churrascaria mas o nosso amigo ricaço/giraço/espertalhaço pode dançar com ela sem que pensemos que estão a trocar números de telemóvel ao ouvido.
Ora, Lisboa é um, permitam-me, cabrão de um amigo. É mais cosmopolita que nós, recebe mais visitas de turistas estrangeiros e tem um nível de vida que nós nem sonhamos. Tem as "gajas" (leia-se eventos) todas, nacionais e internacionais, a serem lá realizadas. E agora, que podia pensar que nós somos bons tipos e já merecemos passearmo-nos com um valente avião (pun intended), dá uma de, permitam-me, filho da puta, e arrasta para si mais a nossa gaja, da qual nem sequer precisa e que só vai comer pela fama e proveito.
Nós, o eterno enfezadito recalcitrante do fundo da sala, ficamos de novo à procura de uma miúda mais do nosso campeonato ou até, num movimento sábio, daquela ex-namorada que deixamos iludidos pela boazona internacional. (Esta última é para si Sr. Rio)
São 920 mil pessoas e 20 milhões de euros a menos a serem movimentados no Porto. São menos 300 milhões de telespectadores a verem o Porto na sua televisão.
Porto... Zona mais pobre, com mais desemprego e com menos turismo que Lisboa.
Com amigos destes não precisamos de inimigos.
A Red Bull é, em pleno direito e sem ressabiamento da minha parte, uma gaja promíscua que se deixa levar pelo tal amigo mais rico. Foi assim que foi educada e vai ser assim, como condessa decrépita cheia de gatos de estimação a mijar nas joias oferecidas pelos principes consortes de sangue azulado, que irá morrer. É uma gaja do mundo que não tem tacões compatíveis com o empedrado do sal da terra.
Quanto ao amigo cabrão, gosto demasiado dele para me chatear de vez mas reservo-me o direito de ser infantil e não o visitar no fim-de-semana em que a Sra Red Bull se vai encontrar com ele. Sou ciumento, que posso eu fazer?
LEDs não fritam ovos
Exactamente porque aquecem muito pouco. Menos desperdício de energia em forma de calor = menos carbono enviado para atmosfera e mais além.
Só que pronto, há sitios com semáforos onde neva e ninguém se lembrou que as lâmpadas incandescentes além de emitirem mais carbono também aquecem bastante o que fazia a aderência de neve ou gelo impossível de acontecer.
O nevão que atingiu a america veio comprovar que todos os engenheiros de semaforostícia nasceram em zonas quentinhas quiçá tropicais e, mais do que isso, nunca queimaram a pontinha dos delicados dedinhos de estudantes aplicados a mudar uma lâmpada lá de casa.
Agora várias cidades americanas procuram soluções para o problema. Enquanto estas não aparecem há cidades a equipar os seus bombeiros de jactos de ar enquanto que outras mais limitadas obrigam os seus funcionários a limpar os semáforos à mão.
Na "comunidade" diz-se que a solução está em aplicar visores com um gradiente de inclinação considerável ou instalar aquecedores no semáforo. É capaz de resultar.
No entretanto parece que já estou a ouvir o Jeremy Clarkson e seus muchachos a gozar com os ecomaniacs that drive Priuses instead of Jaaaaaaaaaaags.
(Boing Boing)
Só que pronto, há sitios com semáforos onde neva e ninguém se lembrou que as lâmpadas incandescentes além de emitirem mais carbono também aquecem bastante o que fazia a aderência de neve ou gelo impossível de acontecer.
O nevão que atingiu a america veio comprovar que todos os engenheiros de semaforostícia nasceram em zonas quentinhas quiçá tropicais e, mais do que isso, nunca queimaram a pontinha dos delicados dedinhos de estudantes aplicados a mudar uma lâmpada lá de casa.
Agora várias cidades americanas procuram soluções para o problema. Enquanto estas não aparecem há cidades a equipar os seus bombeiros de jactos de ar enquanto que outras mais limitadas obrigam os seus funcionários a limpar os semáforos à mão.
Na "comunidade" diz-se que a solução está em aplicar visores com um gradiente de inclinação considerável ou instalar aquecedores no semáforo. É capaz de resultar.
No entretanto parece que já estou a ouvir o Jeremy Clarkson e seus muchachos a gozar com os ecomaniacs that drive Priuses instead of Jaaaaaaaaaaags.
(Boing Boing)
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Semântica espertinha
Foi preciso o Bibliotecário de Babel mencionar no seu magnífico blogue o crescimento exponencial das pesquisas pela palavra "Avatar" no dicionário Priberam para eu próprio refundar os meus conhecimentos sobre a semântica da palavra.
Assim sendo:
avatar
(francês avatar, descida, do sânscrito avatara, descida do céu para a terra de seres supraterrestres)
s. m.
1. Rel. Na teogonia bramânica, cada uma das encarnações de um deus, especialmente de Vixnu, segunda pessoa da trindade bramânica.
2. Fig. Transformação que ocorre em algo ou alguém. = metamorfose, mutação
3. Inform. Ícone gráfico escolhido por um utlizador para o representar em determinados jogos e comunidades virtuais.
As pesquisas foram de 200 a 500 por dia para cerca de 3500 por dia.
Mas mais do que isso é bom saber destas coisas para verificar a sensibilidade e finura dos artistas. Avatar, o filme, conta a história de um tipo que vai representar o planeta Terra numas negociações com um povo extraterrestre que possui na sua "Terra" um minério importante para a sobrevivência humana. Para facilitar as coisas ele vai ser implantado (ou coisa do género porque ainda não vi o filme) num corpo de alienígena.
Avatar, a palavra que nomeia o filme, ganha assim uma esperteza tongue in cheek deliciosa. Tanto serve pelo significado básico que todos associamos (e que na definição do dicionário é só a entrada 2 se bem que a maioria só chega lá porque conhece a 3!) como pelo significado primordial, de invasão de outro planeta.
Assim sendo:
avatar
(francês avatar, descida, do sânscrito avatara, descida do céu para a terra de seres supraterrestres)
s. m.
1. Rel. Na teogonia bramânica, cada uma das encarnações de um deus, especialmente de Vixnu, segunda pessoa da trindade bramânica.
2. Fig. Transformação que ocorre em algo ou alguém. = metamorfose, mutação
3. Inform. Ícone gráfico escolhido por um utlizador para o representar em determinados jogos e comunidades virtuais.
As pesquisas foram de 200 a 500 por dia para cerca de 3500 por dia.
Mas mais do que isso é bom saber destas coisas para verificar a sensibilidade e finura dos artistas. Avatar, o filme, conta a história de um tipo que vai representar o planeta Terra numas negociações com um povo extraterrestre que possui na sua "Terra" um minério importante para a sobrevivência humana. Para facilitar as coisas ele vai ser implantado (ou coisa do género porque ainda não vi o filme) num corpo de alienígena.
Avatar, a palavra que nomeia o filme, ganha assim uma esperteza tongue in cheek deliciosa. Tanto serve pelo significado básico que todos associamos (e que na definição do dicionário é só a entrada 2 se bem que a maioria só chega lá porque conhece a 3!) como pelo significado primordial, de invasão de outro planeta.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Não beijem mais postes
Imaginem o cenário.
Vão vocês pela rua abaixo (ou acima, como gostarem mais) e recebem uma sms que vos capta a atenção e tem de ser respondida.
O mundo torna-se uma névoa, a vossa dimensão torna-se telemóvelcêntrica e de repente baaaaaaaam um poste. Ou marco de correio ou estranho que não se desviou do vosso universo privado a tempo. Tudo porque a sms tinha de ser respondida.
Isso acabou!
Com a Type n Walk, uma aplicação para Iphone, podem escrever uma sms e ao mesmo tempo ver em background o que se passa à vossa frente.
(Boing Boing)
PS: Este post é dedicado à Cecilia, minha prima mais velha, que certo dia a olhar para uma montra não viu um marco de correio à frente e kaput, partiu o nariz.
Vão vocês pela rua abaixo (ou acima, como gostarem mais) e recebem uma sms que vos capta a atenção e tem de ser respondida.
O mundo torna-se uma névoa, a vossa dimensão torna-se telemóvelcêntrica e de repente baaaaaaaam um poste. Ou marco de correio ou estranho que não se desviou do vosso universo privado a tempo. Tudo porque a sms tinha de ser respondida.
Isso acabou!
Com a Type n Walk, uma aplicação para Iphone, podem escrever uma sms e ao mesmo tempo ver em background o que se passa à vossa frente.
(Boing Boing)
PS: Este post é dedicado à Cecilia, minha prima mais velha, que certo dia a olhar para uma montra não viu um marco de correio à frente e kaput, partiu o nariz.
Nível natalício no sangue: 0
Ontem percebi que era dia 16 e em mim nem uma gota de entusiasmo. O Natal não chegou a mim.
Fui tratar de presentes.
Desliguei a Ana Moura dos ouvidos para ouvir o Christmas mix do shopping, tirei as luvas para sentir o frio nas mãos e até dei a volta mais longa só para ver as decorações de Natal.
Numa escada rolante encontrei, após uns 3 anos sem a ver, uma amiga que quase quase quase me ignorava mas voltou para trás. Ainda bem que voltou porque estava a precisar de saber que os olhos verdes não escurecem com a idade, os lábios não perdem o tom rubro encorpado e a voz, malvada, mantém o timbre outonal de sempre. Não mudaste nada e eu sem tempo para to dizer.
Voltas a dar, uma e outra compra e o regresso a casa.
As coisas ou acontecem ou não, são instântaneas e surgem de onde não havia nada como, por exemplo, uma paixão.
Este ano, para já, para mim é Setembro, há um frio que não preocupa e no Natal nem se pensa.
Fui tratar de presentes.
Desliguei a Ana Moura dos ouvidos para ouvir o Christmas mix do shopping, tirei as luvas para sentir o frio nas mãos e até dei a volta mais longa só para ver as decorações de Natal.
Numa escada rolante encontrei, após uns 3 anos sem a ver, uma amiga que quase quase quase me ignorava mas voltou para trás. Ainda bem que voltou porque estava a precisar de saber que os olhos verdes não escurecem com a idade, os lábios não perdem o tom rubro encorpado e a voz, malvada, mantém o timbre outonal de sempre. Não mudaste nada e eu sem tempo para to dizer.
Voltas a dar, uma e outra compra e o regresso a casa.
As coisas ou acontecem ou não, são instântaneas e surgem de onde não havia nada como, por exemplo, uma paixão.
Este ano, para já, para mim é Setembro, há um frio que não preocupa e no Natal nem se pensa.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Transporte público
As iniciativas de adopção de carros eléctricos e uso de transportes públicos é toda nice and dandy.
Mas tudo falhará a menos que vão subtituindo o típico motorista por senhoras motoristas simpatiquíssimas a conduzir de bota castanha e saia meio dedo mindinho (como vocês fazem essas maravilhas eu nem entendo) acima do joelho.
Vi uma hoje de manhã. Foi depois do banho portanto tenho a certeza de não ter sonhado.
Mas tudo falhará a menos que vão subtituindo o típico motorista por senhoras motoristas simpatiquíssimas a conduzir de bota castanha e saia meio dedo mindinho (como vocês fazem essas maravilhas eu nem entendo) acima do joelho.
Vi uma hoje de manhã. Foi depois do banho portanto tenho a certeza de não ter sonhado.
Recuerdos dolorosos
O Sr Berlusconi levou com a Catedral de Milão, Duomo di Milano no sempre "envernizador" de palavras que é a língua italiana, na cara. Não com a dita mas com um souvenir de metal da mesma.
Ora a Catedral tem as belas das estalagmites arquitectónicas típicas do Barroco:
Pois.
É bastante pontiagudo e pesado.
Ora se o Sr. Berlusconi mereceu levar com Il Duomo na cara ou não é debatível. Todos nós, se formos umas bestas, merecemos levar com coisas na tromba para aprendermos a sermos melhores pessoas. Por esta lógica o tipo mereceu mesmo apanhar com uma catedral gótica MAS mais besta que ele é o povo italiano que reelege um déspota arrogante sem sentido ético. Um bocadinho como aqueles treinadores que colocam em campo jogadores que nem em equipas de bairro tinham lugar. Não se assobia o jogador manco mas sim o idiota que o coloca a jogar.
Por essa razão todos os italianos deviam usar a pessoa que lhes estivesse mais próxima como lançador de catedrais e vice versa, uma carnificina colectiva onde todos pagassem pelo idiota que reelegeram como chefe.
Mas pronto, a falar com toda a seriedade, tudo que for acima de um estalo é exagero e só serve para piorar as questões.
Aliás, o meu objectivo nem é analisar este acontecimento mas sim acautelar os próximos fazendo uma análise aos recuerdos mais dolorosos de amparar com a bochecha.
O2/Millenium Dome, Londres
Com o seu desenho "almofada de alfinetes" um recuerdo do O2 compensava a falta de aerodinâmica (a não ser que prefiram atirar como um frisbee) com o potencial letal dos seus pilares pretuberantes.
Opera House, Sydney
Oh sim a ópera. Cantores anafados a berrar em italiano coisas que fazem o coração estalar de emoção. Isso e este ex-libris australiano cujos recuerdos podiam ser usados na cara de um incauto energúmeno num movimento de chapada e arrasto como se cada uma das pontas das "conchas" fossem garras felinas.
Kremlin, Moscovo
O Kremlin tem a lenda semi-faraónica que conta que depois da conclusão se fecharam os arquitectos numa sala para que nunca mais desenhassem um edifício tão belo noutro local. Isso e ser parecido com um colorido gelado (coisa que na Rússia faz todo o sentido) que pode ser usado de forma dissimulada abordando uma qualquer amostra de gente na rua e dizer "olha! já viste isto aqui?" e enquanto a vítima olha para o que julga ser um gelado dá-se-lhe um golpe arrepiante num globo ocular.
Cristo Redentor, Rio de Janeiro
Se já viram um filme de Ninjas sabem o que é um Shuriken, mesmo que o conheçam como "aquelas estrelas que se atiram e espetam". Um cristo de quatro pontas deve ser suficiente.
Rheinturm, Düsseldorf
O Rheinturm, onde estive (a sério!) há cerca de três semanas, é muito alto. 175 metros para ser mais exacto. Se forem bons em joguinhos de setas conseguem atingir o vosso idiota preferido numa narinha. Com sorte no ângulo e força suficientes para que entre e custe a sair.
Como curiosidade posso dizer que lá em cima há um piso de observatório e outro, uns andares mais acima, que tem um restaurante circular cuja plataforma gira 180º sobre a cidade e o rio Rhein. Bem catita.
Portanto já sabem, se tiverem um idiota em lista de espera para fazer um piercing num olho não hesitem em usar o meu guia arquitectónico.
Se forem idiotas tenham muito cuidado.
Ora a Catedral tem as belas das estalagmites arquitectónicas típicas do Barroco:
Pois.
É bastante pontiagudo e pesado.
Ora se o Sr. Berlusconi mereceu levar com Il Duomo na cara ou não é debatível. Todos nós, se formos umas bestas, merecemos levar com coisas na tromba para aprendermos a sermos melhores pessoas. Por esta lógica o tipo mereceu mesmo apanhar com uma catedral gótica MAS mais besta que ele é o povo italiano que reelege um déspota arrogante sem sentido ético. Um bocadinho como aqueles treinadores que colocam em campo jogadores que nem em equipas de bairro tinham lugar. Não se assobia o jogador manco mas sim o idiota que o coloca a jogar.
Por essa razão todos os italianos deviam usar a pessoa que lhes estivesse mais próxima como lançador de catedrais e vice versa, uma carnificina colectiva onde todos pagassem pelo idiota que reelegeram como chefe.
Mas pronto, a falar com toda a seriedade, tudo que for acima de um estalo é exagero e só serve para piorar as questões.
Aliás, o meu objectivo nem é analisar este acontecimento mas sim acautelar os próximos fazendo uma análise aos recuerdos mais dolorosos de amparar com a bochecha.
O2/Millenium Dome, Londres
Com o seu desenho "almofada de alfinetes" um recuerdo do O2 compensava a falta de aerodinâmica (a não ser que prefiram atirar como um frisbee) com o potencial letal dos seus pilares pretuberantes.
Opera House, Sydney
Oh sim a ópera. Cantores anafados a berrar em italiano coisas que fazem o coração estalar de emoção. Isso e este ex-libris australiano cujos recuerdos podiam ser usados na cara de um incauto energúmeno num movimento de chapada e arrasto como se cada uma das pontas das "conchas" fossem garras felinas.
Kremlin, Moscovo
O Kremlin tem a lenda semi-faraónica que conta que depois da conclusão se fecharam os arquitectos numa sala para que nunca mais desenhassem um edifício tão belo noutro local. Isso e ser parecido com um colorido gelado (coisa que na Rússia faz todo o sentido) que pode ser usado de forma dissimulada abordando uma qualquer amostra de gente na rua e dizer "olha! já viste isto aqui?" e enquanto a vítima olha para o que julga ser um gelado dá-se-lhe um golpe arrepiante num globo ocular.
Cristo Redentor, Rio de Janeiro
Se já viram um filme de Ninjas sabem o que é um Shuriken, mesmo que o conheçam como "aquelas estrelas que se atiram e espetam". Um cristo de quatro pontas deve ser suficiente.
Rheinturm, Düsseldorf
O Rheinturm, onde estive (a sério!) há cerca de três semanas, é muito alto. 175 metros para ser mais exacto. Se forem bons em joguinhos de setas conseguem atingir o vosso idiota preferido numa narinha. Com sorte no ângulo e força suficientes para que entre e custe a sair.
Como curiosidade posso dizer que lá em cima há um piso de observatório e outro, uns andares mais acima, que tem um restaurante circular cuja plataforma gira 180º sobre a cidade e o rio Rhein. Bem catita.
Portanto já sabem, se tiverem um idiota em lista de espera para fazer um piercing num olho não hesitem em usar o meu guia arquitectónico.
Se forem idiotas tenham muito cuidado.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Roxanne
Porque haverá poucas obras que aliem o delirio inteligível e a perfeição formal como Moulin Rouge de Baz Luhrmann e porque ontem, numa actividade com crianças (!) consegui retirar o viral super christmas super mix 2009 e colocar esta pérola mesmo mesmo mesmo no final.
Quando os vossos filhos derem em pequenos génios repletos de um gosto musical requintado podem agradecer e mandar o relatório de notas deles para o email ali à direita.
Quando os vossos filhos derem em pequenos génios repletos de um gosto musical requintado podem agradecer e mandar o relatório de notas deles para o email ali à direita.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
O mais epicamente épico trailer
Este filme havia de ser tão emocionante (e foleiro) que haviamos de vomitar as refeições de três dias no final.
(Miss Celania)
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
O sonho
Desde os 13 ou 14 anos que jogo à baliza. Nem sequer era por ser o mais manco da equipa relegado para o papel que ninguém queria. Gosto tanto do lugar que me chego à frente mal há oportunidade.
É um lugar de responsabilidade e no qual há tempo para pensar e sofrer. Tanto as dores dos choques dos adversários como dos erros. É extremamente solitário. E todos os guarda-redes sonham um dia ser os herois do jogo. Ser o jogador que resolve o enguiço e leva, sozinho como sempre, a sua equipa em ombros.
Ontem Bolat, guarda-redes do Standard de Liége, apurou a sua equipa para a taça Europa aos 95 minutos de jogo.
A felicidade na corrida é uma coisa que só ele sabe o que é...
É um lugar de responsabilidade e no qual há tempo para pensar e sofrer. Tanto as dores dos choques dos adversários como dos erros. É extremamente solitário. E todos os guarda-redes sonham um dia ser os herois do jogo. Ser o jogador que resolve o enguiço e leva, sozinho como sempre, a sua equipa em ombros.
Ontem Bolat, guarda-redes do Standard de Liége, apurou a sua equipa para a taça Europa aos 95 minutos de jogo.
A felicidade na corrida é uma coisa que só ele sabe o que é...
O ponto alto do dia deles
Pessoal, pensem sempre que o facto de emprestarem a vossa atenção por 5 minutos a um anónimo, sorrirem e cumprimentarem um funcionário ou desculparem um erro com uma piscadela de olho pode bem ser o ponto alto do dia dessa pessoa.
Há gente muito triste e é da nossa responsabilidade tomar conta dessas pessoas.
Há gente muito triste e é da nossa responsabilidade tomar conta dessas pessoas.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Segredos ao Domingo
Neste video do Post Secret as vozes corajosas de quem saiu do anónimato e que assume os seus segredos em video. Alegria, angústia e graça nas caras das pessoas vulgares que trazem consigo um segredo.
Estou genuinamente convencido que no dia em que a humanidade se extinguir (que irá um dia acontecer) caso venham cá, milhares de anos depois, seres de outro planeta curiosos sobre a nossa espécie vão levar para análise meia dúzia de livros, outra meia dúzia de filmes, umas tantas músicas, pinturas, estátuas e todos os bits e bytes que coligem os assombrosos, emocionantes e divertidos segredos da humanidade anónima.
Todos os domingos, Post Secret.
Prestem mais atenção a quem vos rodeia.
Todos os domingos, Post Secret.
Prestem mais atenção a quem vos rodeia.
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sábado, 5 de dezembro de 2009
Histórias fixes, gente vulgar
Há figuras históricas sobre as quais se podiam escrever biografias em vários volumes.
Há gente com histórias que davam um filme com sequelas e prequelas.
O 94, autocarro que serve Valongo, se gravasse todas as suas histórias forneceria material para fazer três Bíblias, dois alcorões e um Kama Sutra que seriam depois transformados em filme por Manoel de Oliveira. Assim uma obra grandiosa que coligisse a história do Portugal actual em pequenos dramas passados de boca em boca.
Hoje foi a história de um casal que me aqueceu os ouvidos durante a viagem...
Ora no casal há duas pessoas, juro que falo verdade, chamadas Eric e Érica. I shit you not. Eric e Érica.
Lá nos idos de Junho foram ao campismo e a Érica, oooops, esqueceu-se da pílula. fear not, let's f***!
Passado seis meses, Érica descobriu que estava grávida porque foi ao médico ver SE estava grávida. O SE é de facto um grande SE. A moça fez sexo desprotegido, ficou sem período durante este tempo, a barriga aumentou mas, sabia lá, tudo podia ser derivado do aquecimento global ou do stress com o fim do calendário Inca.
A médica, após ver a ecografia, além de fazer um facepalm, disse, and I quote, "você está gravidissima".
Agora a punchline...
O puto, fruto do amor do Eric pela Érica vai-se chamar Isaac. Ou Isaque. Ou Isack. Ou Izaque.
I don't f****** know.
E nasce daqui a 3 mesitos.
Felicidades a todos...
Há gente com histórias que davam um filme com sequelas e prequelas.
O 94, autocarro que serve Valongo, se gravasse todas as suas histórias forneceria material para fazer três Bíblias, dois alcorões e um Kama Sutra que seriam depois transformados em filme por Manoel de Oliveira. Assim uma obra grandiosa que coligisse a história do Portugal actual em pequenos dramas passados de boca em boca.
Hoje foi a história de um casal que me aqueceu os ouvidos durante a viagem...
Ora no casal há duas pessoas, juro que falo verdade, chamadas Eric e Érica. I shit you not. Eric e Érica.
Lá nos idos de Junho foram ao campismo e a Érica, oooops, esqueceu-se da pílula. fear not, let's f***!
Passado seis meses, Érica descobriu que estava grávida porque foi ao médico ver SE estava grávida. O SE é de facto um grande SE. A moça fez sexo desprotegido, ficou sem período durante este tempo, a barriga aumentou mas, sabia lá, tudo podia ser derivado do aquecimento global ou do stress com o fim do calendário Inca.
A médica, após ver a ecografia, além de fazer um facepalm, disse, and I quote, "você está gravidissima".
Agora a punchline...
O puto, fruto do amor do Eric pela Érica vai-se chamar Isaac. Ou Isaque. Ou Isack. Ou Izaque.
I don't f****** know.
E nasce daqui a 3 mesitos.
Felicidades a todos...
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Abutres da Guatemala
O Guardian publicou uma serie de fotografias sobre o curioso caso dos agentes funerários guatemaltecos.
Como a sua função não é regulada eles esperam junto a cenas de crime para oferecer os seus serviços aos familiares de vítimas acabadas de falecer.
Podem ver a galeria de imagens clicando AQUI.
ATENÇÃO que as imagens podem ferir a susceptibilidade dos mais impressionáveis.
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Dia cheio
Um espaço de 24 horas no qual conseguem enfiar, em conversa, as palavras "esterco" e "chiqueiro" é sempre um bom dia.
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