quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mais uma verdade inconveniente

José Policarpo mete o nariz onde já não é chamado. Os casamentos há muito que já não são decisões divinas de Deus tornando-se em decisões pensadas (a indicar pela taxa de divórcios, pouco pensada) e libertas de duas pessoas que se amam.
Por isso mesmo advertir para os amores das mulheres, como se fosse uma constipação que se evita com um cachecol, é, não só ingénuo, como indica uma grande falha por omissão no desenvolvimento emocional da maioria do corpo clérical.
Pode parecer com esta minha introdução que estou contra a posição por ele tomada.
A verdade é que não estou.
Mesmo não tendo o púlpito que outrota teve a igreja continua a ter o seu tempo de antena gratuito e nesta sociedade em que muitas mulheres reflectem sobre as notícias através do que as telenovelas ou programas rosa-choque dizem em vez da informação transmitida pelos telejornais é sempre útil haver umas letras garrafais a advertir para a carga de trabalhos em que se metem caso decidam adoptar a religião muçulmana.
Adverte também, mensagem muito positiva que vai ser abafada pela parte mais sensacionalista da opinião formada, para a necessidade de haver respeito e vontade de compreender o que é o islamismo para que melhor se possam negociar disputas e para que haja uma convivência pacifica.

E muito mais do que isto é refrescante quando uma pessoa com cargos públicos causa celeuma e não vem no dia seguinte dizer que tudo não passou de uma falha de interpretação a fim de aliviar os calos que calcou.

Para fechar, para que não me chamarem machista e ignorante, esclareço que falei nas mulheres que confiam mais nos programas da tarde e nas telenovelas do que nos telejornais numa perspectiva de classe média estereótipada. Classe média essa que, no sector masculino, é fanática por programas de desporto e pouco mais sabe discutir do que a bola e o árbitro que os roubou para dar aos outros.
Não se pode meter toda a gente no mesmo saco mas que há quantidades significativas de pessoas que encontram informação desactualizada e ficcionada em locais de entretenimento lá isso há.

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