Um projecto dedicado a encontrar as ligações ancestrais de 140 pessoas com o sobrenome Kincaid através de análises de ADN resultou na descoberta de mentiras, bastardos e filhos de pai incógnito.
Num caso especialmente dramático dois irmãos descobriram que afinal não partilham o mesmo pai. Noutro caso veio-se a descobrir uma gravidez escandalosa de uma tetra-avó e que, há época, foi escondida de todos.
Nada que surpreenda os mais informados já que num estudo feito a 17 testes diferentes em 2005 foi revelada a percentagem de 4% como a quantidade de pessoas que cresceram com um pai que na realidade não é o seu progenitor biológico! Como cada vez mais pessoas recorrem aos estudos genéticos, seja por curiosidade geneológica ou por necessidade médica, também cada vez mais surgem os casos de não-paternidade, situação na qual os imperativos éticos nem sempre são esclarecedores.
Lembro-me de no ano passado, enquanto participei no seminário de Sociedade e Ciência do programa GABBA do Instituto de Biologia Molecular e Celular, estarmos uma manhã inteira a debater estudos de caso em que a ética formal tem de ser ajustada pela sensibilidade do médico.
Imaginem por exemplo que um casal tem um filho com fibrose quística, uma doença que se desenvolve somente se houver um gene defeituoso por parte de ambos os progenitores. Nos testes subsequentes descobre-se que afinal o suposto pai não possui o tal gene, logo, não é o verdadeiro pai da criança. Em princípio deveria-se comunicar à pessoa este facto, quanto mais não seja por haver a hipótese de ter um filho saudável e nunca o tentar pelo medo de contagiar mais um bébe com esse problema. E se a mulher do casal disser que no caso de descobrir o marido sai de casa ou lhe bate?
São estes problemas éticos com os quais os geneticistas se deparam e que levam a que muitas das vezes sejam as mulheres, que já devem ter pelo menos uma leve desconfiança da não-paternidade, a serem chamadas em primeiro lugar.
E acreditem em mim, nesse tal seminário havia casos mirabolantes que obrigavam a uma enorme ginástica ética mas acima de tudo humana para dar a resposta devida.
Este caso dos Kincaids, trazido a público pelo LATimes, é um belo exemplo de como a evolução da ciência genética está a levar cada vez mais pessoas a perguntar que raio aconteceu há 25 anos atrás?
Podem consultar o artigo clicando AQUI!
(Neatorama)
Num caso especialmente dramático dois irmãos descobriram que afinal não partilham o mesmo pai. Noutro caso veio-se a descobrir uma gravidez escandalosa de uma tetra-avó e que, há época, foi escondida de todos.
Nada que surpreenda os mais informados já que num estudo feito a 17 testes diferentes em 2005 foi revelada a percentagem de 4% como a quantidade de pessoas que cresceram com um pai que na realidade não é o seu progenitor biológico! Como cada vez mais pessoas recorrem aos estudos genéticos, seja por curiosidade geneológica ou por necessidade médica, também cada vez mais surgem os casos de não-paternidade, situação na qual os imperativos éticos nem sempre são esclarecedores.
Lembro-me de no ano passado, enquanto participei no seminário de Sociedade e Ciência do programa GABBA do Instituto de Biologia Molecular e Celular, estarmos uma manhã inteira a debater estudos de caso em que a ética formal tem de ser ajustada pela sensibilidade do médico.
Imaginem por exemplo que um casal tem um filho com fibrose quística, uma doença que se desenvolve somente se houver um gene defeituoso por parte de ambos os progenitores. Nos testes subsequentes descobre-se que afinal o suposto pai não possui o tal gene, logo, não é o verdadeiro pai da criança. Em princípio deveria-se comunicar à pessoa este facto, quanto mais não seja por haver a hipótese de ter um filho saudável e nunca o tentar pelo medo de contagiar mais um bébe com esse problema. E se a mulher do casal disser que no caso de descobrir o marido sai de casa ou lhe bate?
São estes problemas éticos com os quais os geneticistas se deparam e que levam a que muitas das vezes sejam as mulheres, que já devem ter pelo menos uma leve desconfiança da não-paternidade, a serem chamadas em primeiro lugar.
E acreditem em mim, nesse tal seminário havia casos mirabolantes que obrigavam a uma enorme ginástica ética mas acima de tudo humana para dar a resposta devida.
Este caso dos Kincaids, trazido a público pelo LATimes, é um belo exemplo de como a evolução da ciência genética está a levar cada vez mais pessoas a perguntar que raio aconteceu há 25 anos atrás?
Podem consultar o artigo clicando AQUI!
(Neatorama)
2 comentários:
Who's your daddy?? Who's your daddy?
eheheheh... não resisti ... desculpa
LOL
Era para pôr esse título!!
Mas depois pensei que era pouco sério... :D
Enviar um comentário