Porque é que tradicionalmente os homens conduzem com uma mão no volante e as mulheres com as duas?
Esta foi a motivação de um estudo interessantissimo feito no Reino Unido que estudou os comportamentos de condutores de ambos os sexos e os dissecou à luz da psicologia. A conclusão primária é muito simples... os homens vêm o seu automóvel como uma extensão de si próprios. É por isso que têm o relaxamento para conduzir só com uma mão. As mulheres por sua vez têm uma relação mais distante com as suas máquinas. Não faz delas más condutoras, nada disso (eu conheço algumas condutoras que são tão boas ou até melhores do que o homem médio!) apenas faz delas pessoas mais stressadas. Duas mãos no volante, perder a calma quando ouvem uma apitadela ou demorar algum tempo a entrar em rotundas e estradas com prioridade são apenas sinais da falta de calma e confiança que as mulheres têm no seu carro.
Descobriram, por exemplo, que os homens falam dos seus carros como se estivessem a falar de si próprios. Outra das conclusões significativas é o que ambos os sexos fazem à mão que está livre... 46% dos homens e 31% das mulheres colocam a mão na alavanca de velocidades. Só 29% dos homens colocaram a mão no colo enquanto 39 mulheres fizeram o mesmo gesto.
É certo e sabido que os homens não apreciam muito falar das suas relações MAS a relação que têm com o seu carro é um tema recorrente, mesmo que seja de forma indirecta ou sobre a forma de queixa. Alguns dos sinais desta relação próxima é a irritabilidade sentida quando alguém está demasiado próximo do carro, quando no trânsito alguma besta quase bate, quando se descobre um risco que não estava lá da ultima vez que o carro foi polido. Sente-se isto também nas pequenas caricias que se fazem ao volante, capot ou tejadilho bem como no olhar para trás ou esperar até que o portão da garagem feche como se fosse em jeito de despedida!
Numa última nota chegou-se à conclusão que os condutores e condutoras têm quatro vezes mais probabilidades de cantarem quando vão para o trabalho do que quando regressam. isto explica-se pelo facto de o carro ser visto como um casulo, o ultimo espaço onde um trabalhador vai ter tempo para si próprio antes de se encafuar num escritório... Já no regresso a casa, pela pressa em ouvir as noticias da familia e regressar ao lar estes reflexos de escapismo não são tão visiveis.
Este estudo foi pago pela BMW com o intuito de recolher novos dados sobre os condutores que ajudem no planeamento de novos modelos.
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