Chegou ao fim a aventura de um fantasma espanhol que operou sozinho nos 36 assaltos de sucesso que realizou desde 1993. Ontem iria fazer a sua estreia em solo português ao assaltar um banco na Figueira da Foz mas uma operação da PJ com a colaboração da Guardia Civil espanhola acabou com a carreira deste assaltante.
É neste ponto que se centra esta minha intervenção... No valor e qualidade das nossas policias. É evidente que como em todas as profissões existe muita mediocridade na policia regular mas as nossas policias têm no seu interior muitos homens de qualidade acima da média.
Falo da PJ, do GOE, dos grupos de intervenção. No caso de ontem bastaram seis agentes para dominar o assaltante mais perigoso de Espanha sem que quase ninguém desse conta do caso. Por o suspeito estar sempre armado a cautela teria de ser redobrada. A missão foi tão bem planeada e executada que os seis agentes encurralaram o criminoso de forma tão rápida e surpreendente que este nem conseguiu ripostar.
Podem dizer o que quiserem da colaboração com a policia espanhola mas quem correu os riscos, perseguiu o criminoso e o apanhou sem fazer vitimas foram policias portugueses. E é a todos os agentes envolvidos nesta operação que faço uma homenagem.
Em relação ao assaltante pode-se dizer que era bastante profissional porque depois de 36 assaltos, que em conjunto renderam 600 mil euros, não ficou um unico indicio que pudesse levar à sua detenção. A única imagem que havia era de um homem de tamanho médio com uma longa barba postiça.
Tudo se complicou para o solitário gatuno, de seu nome Jaime Jimenez Arbe quando em 2004 matou dois policias que o perseguiram e se envolveram num tiroteio. Após esse assalto mal sucedido o assaltante começou a ter um comportamento mais nervoso com sinais de paranoia. Ainda em Maio passado feriu a tiro o caixa de um dos bancos que assaltou por este só lhe ter entregue entre seis a sete mil euros, valor bastante abaixo daquilo que esperava encontrar.
O outrora anónimo assaltante mostra agora a cara. Hoje quando chegou à primeira audiência tentou esconder a cara das câmaras de televisão no ombro do agente que o acompanhava sem sucesso.
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