Antes de começar a escrever este post pus-me a pensar qual a palavra que melhor define o nosso mundos e as suas especificidades.
A melhor palavra que me veio à cabeça foi "estranho".
Ando sempre a par das noticias nacionais e internacionais mas nunca tinha sequer ouvido falar desta particularidade dos guerreiros milicianos da Libéria.
A melhor palavra que me veio à cabeça foi "estranho".
Ando sempre a par das noticias nacionais e internacionais mas nunca tinha sequer ouvido falar desta particularidade dos guerreiros milicianos da Libéria.
Como diz na noticia de onde retirei esta história poucas coisas exemplificam melhor o estado e o funcionamento de um país como a Libéria como as imagens de miúdos de 15 anos, pedrados em drogas caseiras e armados com Kalashnikovs. A acrescentar a este facto está a normalidade com que eles vão para combate usando perucas e artigos de vestuário feminino! Esta prática tem origem nos ritos de iniciação dos jovens africanos onde se defende que um rapaz tem de estar no limbo entre o sexo masculino e feminino até se tornar de facto um homem. Esta situação significa que no entretanto eles são vistos como seres voláteis, confundidos e imprevisiveis. Em combate comunicam a mensagem ao inimigo que não se devem meter com eles. O adversário, geralmente alguém com o mesmo tipo de educação, também acredita nesta tradição e respeita mais um combatente travestido do que um combatene fardado.
No fundo é o correspondente pobre e popular das sofisticadas camuflagens ocidentais até porque quem usa estes acessórios acredita que, tendo uma dupla personalidade simultaneamente, consegue confundir as balas.
Para os ocidentais isto é uma situação cómica mas com o tempo fui aprendendo a respeitar estas diferenças. Por mais estranhas e confusas que possam parecer.
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