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Só certa de um quinto dos 10 milhões de habitantes da Guiné-Conacri têm acesso à electricidade e mesmo esses sofrem com os cortes de electricidade frequentes. Segundo dados das Nações Unidas em média um Guiniense consome 89 kilowatts por hora ao ano. Isto é o equivalente a ter um ar condicionado ligado durante 4 minutos por dia. O americano médio consome cerca de 158 vezes esta quantidade.
Assim sendo, grupos de estudantes começam a chegar ao aeroporto ao final da tarde de forma a reservarem para si os lugares que ficam directamente debaixo de um dos doze postes de iluminação do parque de estacionamento. Alguns destes estudantes caminham mais de uma hora para chegar a este local.
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Ali Mara, dez anos, estudava o diagrama do corpo de um insecto e disse: "Os meus pais não se preocupam comigo porque sabem que estou aqui à procura do meu futuro."
Esta falta de electricidade é um escândalo geológico segundo Michael McGovern, antropologista politico da universidade de Yale. Os rios do país, se devidamente aproveitados, chegariam para electrificar a região. Este país tem ainda ouro, diamantes ferro e metade da reserva mundial de bauxite, o material base para a fabricação de aluminio.
Há já 23 anos que esta ex-colónia francesa está nas mãos de Lansana Conté, um general conservador e temperamental que chegou à presidêncial num golpe de estado em 1984. Ainda este ano várias manifestações a pedir a sua renúncia ao cargo tiveram lugar mas o governo declarou a lei marcial mesmo sabendo que a saúde do general é preocupante e a economia cada vez mais vive uma crise grave.
Encontrei esta noticia no sempre surpreendente blog Nothing to do with Arbroath
Podem ler a noticia original no site do jornal Inglês Guardian
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